CAA participa em Recife-PE de avaliação do Programa Cisternas nas Escolas
Publicado em: 8 de fevereiro de 2018

Mística de Abertura do Encontro de Avaliação do Programa Cisternas nas Escolas em Recife-PE

Finalizado no mês de janeiro, o Projeto Cisternas nas Escolas trouxe muitos benefícios para as escolas rurais que não possuíam acesso à água. O projeto executado pelo CAA beneficiou 45 escolas de 05 municípios nos Territórios de Irecê e Chapada. Nos dias 05 e 06 de fevereiro os técnicos Alex Dias e Erasmo Sodré representaram a entidade no Encontro de Avaliação da 3ª Etapa do Programa, realizado pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) em Recife-PE.

A programação contou com debates importantes sobre o papel da Rede ASA na luta pela educação no campo, relatos de experiências sobre o tema “Semiárido vivo, nenhuma escola a menos” e uma importante discussão sobre a escola com partido, gênero e educação. Também foi realizado uma exposição em forma de varal com as tecnologias sociais.

Para o coordenador Alex Dias, foi um importante evento onde foi possível avaliar os avanços com a execução do projeto, onde as escolas beneficiadas pela ação do CAA tiveram além das cisternas as oficinas de capacitação, momento em que discutimos que escola queremos no Semiárido. “Eu estou muito feliz com a conclusão desse trabalho, onde pudemos trocar experiências nas escolas. Nesse evento me chamou atenção o tema sobre a escola com partido sim, um debate que temos que enfrentar daqui para frente”, disse.

Sobre o projeto –  os municípios de Morro do Chapéu, Cafarnaum, Gentio do Ouro, Souto Soares e Seabra foram contemplados com a construção de 45 cisternas e com as capacitações dos agentes escolares. Ao todo foram 15 capacitações para professores e 05 capacitações para funcionários das escolas. Atuaram na equipe do projeto os técnicos Alex Dias, Erasmo Sodré, Leonardo Tomaselli, Josiane Passos e a colaboradora Carla de Andrade.

Responsável pelas capacitações realizadas, Carla Andrade conta que suas andanças nas escolas rurais para a realização das oficinas pedagógicas foram muito ricas. Foram trabalhados temas como: Conhecendo e refletindo o semiárido, Educação Contextualizada, Programa de Convivência com o semiárido e a ASA, Educação do campo e seus desafios, Legislação de educação do campo, Identidade de Gênero e Raça, Sucessão Geracional na agricultura familiar e Mulheres Rurais e a divisão sexual do trabalho.

“A avaliação das oficinas foi interessante, já que a ideia do semiárido era negativa até a reflexão das capacitações. Os professores também não dominavam a legislação da educação do campo, bem como a educação contextualizada e avaliaram que a bagagem que receberam ajudará na condução dos seus projetos pedagógicos, os quais não incluíam a diversidade do campo, além de terem se despido de muitos preconceitos relacionados ao campo, gênero e raça”, complementou Carla.

Foram realizadas três oficinas para professores em cada município e uma para funcionários, ocasião em que as temáticas foram discutidas de forma participativa, construtiva e reflexiva. O CAA forneceu material de estudo, vídeos e músicas de forma digitalizada para todos os professores, com o intuito de ajudar na execução das atividades na escola e na comunidade. O cordelista e violeir, Josemar Santos, acompanhou e animou todas as atividades, ensinando os professores a fazerem cordéis destacando as belezas do semiárido com os alunos.

Com a conclusão do projeto espera-se que as escolas possam transformar a tecnologia das cisternas num elemento concreto de debate e que as capacitações possam ser base dessa discussão, disse Erasmo Sodré, técnico responsável pela construção das cisternas. “Agora é celebrar os resultados positivos e torcer para que mais projetos como esse possam ser implementados nos municípios da região”, finalizou.

 

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