Após quase 7 meses em suspensão devido a pandemia do Covid-19, o CAA está retomando as ações do Programa Cisternas com implementações de cisternas de água para consumo humano no município de João Dourado. Em parceria com a Secretaria de Justiça Desenvolvimento Humano e Desenvolvimento Social (SJDHDS) do Estado da Bahia, o Ministério da Cidadania (MCid) do Governo Federal, e a Prefeitura Municipal de João Dourado, serão implementadas 131 cisternas de placas para armazenamento de 16 mil litros de água em comunidades quilombolas da zona rural de João Dourado. Este número pode aumentar, pois está sendo feito um trabalho de prospecção no município para cadastrar mais famílias que se enquadram nos critérios do Programa.

Os cursos de capacitação das famílias beneficiárias em Gerenciamento de Recursos Hídricos estão a todo vapor, seguindo todas as medidas necessárias para evitar a propagação da Covid-19 orientadas pela Vigilância Sanitária do município de João Dourado e o Decreto Estadual. Com a geração de conhecimentos, realização de debates e ensinamentos sobre os cuidados com as cisternas e uso racional da água, nesses cursos são entregues cartilhas com conteúdos sobre a manutenção da tecnologia social e convivência com o semiárido. Com duração de dois dias, as capacitações contam com a presença de representantes das famílias beneficiárias, líderes comunitários, representantes do poder público local e técnicos do CAA. As escavações dos buracos para implementação das cisternas também já estão em andamento com ajuda dos moradores das comunidades. O próximo passo é a entrega dos materiais de construção.

O Programa Cisternas, política pública criada em 2003, vem ajudando milhares de famílias do semiárido nordestino a conviver com a estiagem típica da região. As cisternas de placas para consumo humano, com um custo relativamente baixo, tem capacidade para armazenar 16 m³ de água da chuva, o suficiente para manter uma família de 5 pessoas com água de qualidade para beber e cozinhar durante 8 meses. O Programa tem sofrido sucessivas reduções de orçamento nos últimos anos, o que preocupa os nordestinos moradores das zonas rurais, pois a demanda ainda é grande, e com as mudanças climáticas causando cada vez mais concentrações das chuvas em curtos períodos, a capacidade de armazenagem de água se torna ainda mais fundamental.