Mais de 250 lideranças de diversas associações dos 20 municípios que compõe o Território de Irecê lotaram a Câmara de Vereadores de Irecê para o I Encontro da Central de Associações. Organizado pelas entidades de luta social CAA, Cáritas, Agrococop, Barriguda e Cacimba o evento teve apoio de diversas lideranças políticas e um excelente resultado.
Compareceram para a mesa de abertura Valmir Assunção, deputado federal (PT-BA), Naidson Quintela, coordenador da ASA/Bahia, Weldes Valeriano, da Central de Associações do Estado da Bahia, Murilo Brito da CDA/SDR, Valterlúcia Martins, MST e Colegiado Territorial, Murilo do Asa Sul, vereador de Ireccê, Jazon Júnior e Francisco Borges, representando a prefeitura de Irecê, Zé das Virgens, ex-prefeito de Irecê e ex-deputado estadual (PT), Jailso Oliveira, coordenador do SETAF Irecê/SDR, João Carlos, Articulador Territorial/SEPLAN, além de Jacó, deputado estadual suplente (PT) e representante político das organizações sociais do Território que articularam a atividade.
Durante a abertura Jacó frisou a dimensão política e o peso das comunidades rurais no Território, já que existem mais de 400 associações formadas, que lutam no dia a dia por melhoria da qualidade de vida, mas que não possuem uma representação e integração. A ideia da Central é justamente organizar e articular a base das associações na luta por políticas públicas.
A primeira mesa de debates sobre conjuntura política e articulação das organizações de base foi realizada pelo deputado Valmir Assunção e por Naidson Quintela, mediada por Jacó. Foi um momento importante onde os palestrantes chamaram a atenção sobre o futuro das associações após o golpe de Estado que destituiu a presidenta Dilma Roussef do cargo e que vem aprovando um pacote de medidas contra a classe trabalhadora e desconstruindo as políticas públicas para a agricultura familiar.
“Temos uma diferença gritante entre os representantes da classe patronal, dos empresários, latifundiários e dos ricos no Congresso e dos representantes da classe trabalhadora, fruto de uma tradição coronelista que conduz os trabalhadores a não escolher representação da própria classe, a não se organizar. Vocês precisam se articular, vocês precisam lutar”, afirmou Valmir.
Para Naidson Quintela, o momento é de análise da trajetória que o povo do Semiárido organizado conquistou e do cenário que temos pela frente. A luta pela água só foi possível pela organização e ASA, que inclui as quatro entidades que promovem este evento, é um exemplo claro disso. “É preciso ter representação forte, que defenda as bandeiras de luta do povo, é preciso se organizar cada vez mais”, disse.
Ainda durante a atividade foi realizado um painel com Weldes Valeriano da CECAF para falar dos processos que envolvem a formação da Central no Território. No final do evento foi formada a Comissão de representantes das associações, que se organizarão para fortalecer a luta no Território de Irecê.